A primavera é a estação do ano que todos apreciam, é
uma época de flores e alta astral principalmente. Ela começa em 23 de
Setembro e termina mais precisamente em 21 de dezembro. Acontece que
quando a primavera começa as flores desabrocham, e parece que tudo vai
ficando mais mágico, mais fantasioso.
http://www.vaiprocurarumtrabalho.com
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
As Crianças Tecnológicas e o Computador
Me senti na obrigação de falar sobre esse tema tão atual. Então tive a oportunidade de conversar com dois psicólogos de gerações diferentes: Geralda de Albuquerque de França, 64 anos, formada em 1974, pela Faculdade de Filosofia do Recife (UFPE), funcionária de Suape. Ela comprou seu primeiro computador de 5 a 6 anos atrás e até fez um curso de computação. E ela diz ainda que conseguiria viver sem ele.
E José Gomes da Silva Filho, 38 anos, formado pela Faculdade Integrada do Recife (FIR), mexeu pela primeira vez no computador em 1994, na antiga empresa que trabalhava e ele ainda lembra dos monitores amarelos. Comprou seu primeiro computador aos 30 anos e não tem internet em casa.
A primeira pergunta que fiz aos dois foi, se a criança a partir de 5 anos de idade já esta apita psicologicamente a mexer no computador, Eles afirmam que sim! “ É a realidade dela” diz Geralda.
Falei para eles a respeito desta imagem e perguntei a opinião deles: Criança precisa de limites na frente do computador?
“Sim. Tudo tem limites. Crianças precisam brincar, com areia e água, estudar. Os pais acham bonito esta exposição dos filhos, se retraem da responsabilidade” diz Gomes.
Geralda diz que a exposição excessiva da criança ao computador influência psicologicamente. “É perigoso, a deixa isolada, dependente e a torna compulsiva (não consegue largar) se tornando uma doença. É a má utilização do instrumento”.
Vemos hoje nos noticiários casos de pedofilia pela internet.
Antigamente tínhamos a falsa ilusão de que quando fechássemos a porta de nossa casa estávamos seguros de qualquer perigo. Hoje com o computador na nossa casa temos uma porta que tanto podem vir coisas boas como coisas ruins, vejamos a opinião dos dois.
Gomes diz que as crianças precisam ser fiscalizadas pelos pais, elas precisam de limites. “Todo ser humano é movido pelo desejo. Muitos filósofos falam pelo desejo de buscar mais, o desejo do novo. Por isso a necessidade do limite”. Os pais precisam saber o que os filhos acessam, com quem conversam.
E Geralda ainda acrescenta que antigamente os pais conheciam os amigos dos filhos já hoje em dia os amigos são virtuais. “O computador é uma faca de dois gumes”, a curiosidade da criança é bom, mas ela precisa de limite. “Quando apareceu a Televisão foi perguntado a mesma coisa. Os pais antigamente tinham mais cuidado, nem novelas das 6 podíamos assistir. A censura quem fazia eram nossos pais.”
E Geralda ainda acrescenta que antigamente os pais conheciam os amigos dos filhos já hoje em dia os amigos são virtuais. “O computador é uma faca de dois gumes”, a curiosidade da criança é bom, mas ela precisa de limite. “Quando apareceu a Televisão foi perguntado a mesma coisa. Os pais antigamente tinham mais cuidado, nem novelas das 6 podíamos assistir. A censura quem fazia eram nossos pais.”
Eu deixo essa reflexão aos pais que tem filhos.
“O mundo evoluiu, as crianças evoluíram é a vez de brincar de computador. É a era das crianças tecnológicas”, afirma Gomes.
“Se o computador é bom ou é ruim depende de como você utiliza”, afirma Geralda.
“Se o computador é bom ou é ruim depende de como você utiliza”, afirma Geralda.
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PhET
Uma bem sucedida iniciativa na produção de simulações para o ensino de física, protagonizada por Carl Wieman, laureado com o Nobel de Física de 2001, é o PhET - sigla em inglês para Tecnologia Educacional em Física. (Física na Escola, v. 11, n. 1, 2010 )
Uma bem sucedida iniciativa na produção de simulações para o ensino de física, protagonizada por Carl Wieman, laureado com o Nobel de Física de 2001, é o PhET - sigla em inglês para Tecnologia Educacional em Física. (Física na Escola, v. 11, n. 1, 2010 )
Materiais didáticos
digitais de apoio à aprendizagem vêm sendo cada vez mais produzidos e utilizados
em todos os níveis de ensino. Esses materiais são chamados Objetos de Aprendizagem
(OA). Repositórios de AO proliferam na Internet, colocando à disposição do
usuário recursos educacionais para facilitar a aprendizagem tanto no ensino a
distância quanto no apoio ao ensino presencial. Em particular, na área de
física, o portal com - PADRE (www.compadre.org),
considerado uma biblioteca digital, disponibiliza OA de excelente qualidade e
uso gratuito, obtidos de várias fontes confiáveis. Um dos mais
disseminados tipos de OA são as simulações computacionais de experimentos de
física, que estão disponíveis para utilização em diversos contextos. Mas infelizmente
seu uso em sala de aula está longe de ser uma realidade, particularmente no
Ensino Médio. Ainda que elas não devam substituir experimentos reais, pesquisas
indicam que seu uso combinado à atividade experimental pode tornar mais
eficiente o processo de aprendizagem dos alunos .
Parecem
existir tantas definições do que seja um Objeto de Aprendizagem quantos aqueles
que o produzem. Segundo Wiley [4] um OA pode ser qualquer fonte digital que
poderá ser reutilizada para a aprendizagem. Esta definição inclui imagens, fotos,
clips de vídeos, animações, páginas na Web. Mais recentemente, Nash [5]
conceitua OA como blocos de informação que estão à disposição do professor para
que este os conecte da maneira que achar mais eficiente para o processo de
aprendizagem. Desta forma, espera-se que os OA estimulem o desenvolvimento das
capacidades pessoais, como, por exemplo, imaginação e criatividade. Assim, um objeto
virtual de aprendizagem pode tanto contemplar um único conceito quanto englobar
todo o corpo de uma teoria. Pode ainda “compor um percurso didático, envolvendo
um conjunto de atividades, focalizando apenas determinado aspecto do conteúdo
envolvido” [6].Para tornar o conceito de OA mais acessível, criaram-se
metáforas.
Naquela do
brinquedo LEGO, introduzida por Hodgins e Conner [7], os OA seriam pequenos blocos
de instrução que poderiam se juntar para formar estruturas instrucionais maiores
e reutilizados em outras estruturas, assim construindo todo o contexto de
aprendizagem. Entretanto, utilizar uma combinação aleatória de OA pode não conduzir
necessariamente a algo relevante e coerente em termos de ensino e aprendizagem,
porque nem todos os OA podem ser de fato assim arranjados. Isso levou à metáfora do
átomo proposta por Wiley [4], em que os OA são comparados a átomos nesta
sequência: (a) nem todo átomo pode ser combinado com outro átomo; (b)átomos só
podem ser montados em certas estruturas prescritas pela sua própria estrutura
interna; e (c) alguma instrução é necessária para juntar átomos. Tal acontece com
os OA, isto é, agrupá-los requer conhecimentos de diferentes modelos pedagógicos
de modo que a produção de um curso, por exemplo, seja eficaz e apropriada sob o
ponto de vista da aprendizagem. Tarouco e col. [8] sintetizam as
características específicas que um OA deve apresentar:
Acessibilidade: facilmente
acessível via Internet;
Atualizável: através
do uso de metadados (literalmente “dados de dados”) torna-se fácil fazer
atualizações;
Interoperabilidade: capacidade
de operar através de uma variedade de hardware, sistemas operacionais e buscadores.
Granularidade: Quanto
mais granular for um OA maior será o seu grau de reutilização.
Adaptabilidade: adaptável
a qualquer ambiente de ensino;
Flexibilidade: material
criado para ser utilizado em múltiplos contextos, não sendo necessário ser
reescrito para cada
novo contexto;
Reutilização/reusabilidade: várias
vezes reutilizáveis em diversos ambientes de aprendizagem;
Durabilidade: possibilidade
de continuar a ser usado por longo período e, na medida do possível,
independente da mudança da tecnologia. Além
destas características, destacamos também que os OA deveriam ter: conexão com o
mundo real e incentivo à experimentação e observação de fenômenos; favorecer a
interdisciplinaridade; oferecer alto grau de interatividade para o aluno; possibilitar
múltiplas alternativas para soluções de problemas; ter combinação adequada e
balanceada de textos, vídeos e imagens; apresentar retroalimentação e dicas que
ajudem o aluno no processo de aprendizagem; estar identificados por área de
conhecimento e nível de escolaridade; apresentar facilidades de uso,
possibilitando acesso intuitivo por parte de professores e alunos não
familiarizados com o manuseio do computador; apresentar fácil funcionamento e execução
na Web para que de fato possam ser incorporados ao cotidiano do professor nos
tempos atuais.
Artigo completo pode ser encontrado no site http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol11/Num1/a08.pdf
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
TECNOLOGIA ATRAI ALUNOS, DIZ ESPECIALISTA
A introdução dos tablets nas salas de aula é inevitável e pode servir para atrair a atenção dos alunos para o conteúdo acadêmico, mas é preciso dar especial atenção à adequação da linguagem para a nova plataforma e à formação dos professores.
A opinião é da coordenadora executiva de projetos da Escola do Futuro, do núcleo de pesquisas da Universidade de São Paulo (USP), Samantha Kutscka. Em entrevista ao Correio, a especialista, que investiga novas tecnologias aplicadas à área de Educação, afirma ser necessário transformar o método de ensino para se obterem resultados. Investir apenas na mudança da mídia, de acordo com ela, não traria progresso algum. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
A senhora acredita nessa ideia de que o lápis, a caneta e o papel vão desaparecer das Escolas?
Não vejo a possibilidade de isso acontecer. Não preparamos o aluno para um mundo de certeza, claro. Mas, hipoteticamente falando, se uma instituição ficar sem energia ou houver algum evento complexo envolvendo os aparelhos, o lápis e o papel vão ser a solução. Acredito que eles não vão deixar de existir nunca. Também há um processo de desenvolvimento da cognição, onde você ensina a criança a escrever com a mão.
Nesse caso, você não vai alfabetizar alguém com um tablet. Se usarmos um exemplo atual, você vai ver que ninguém deixou de fazer conta com a mão porque apareceu a calculadora. Há nove anos, quando entrei na Escola do Futuro, havia uma resistência dos professores em usar o computador. Não é diferente hoje. Podemos esperar isso a partir da introdução de qualquer nova tecnologia nas Escolas.
E quanto ao desvio da finalidade do aparelho, quanto à possibilidade de dispersão por parte do aluno. É realmente um risco que se corre?
Acredito fortemente que o papel do professor não deixa de existir, ele simplesmente muda. Os pais têm, realmente, uma preocupação com a relação do filho e a tecnologia. Oprofessor, por sua vez, com a dispersão do aluno. Mas, hoje, a maioria dos pais trabalha fora e os filhos, quando não estão sob o olhar deles, ficam sujeitos a diversos conteúdos. Não tem como fiscalizar, policiar em 100% do tempo.
Tirando a censura, não tem o que fazer. Nesse sentido, acredito que a orientação do professor surge como algo fundamental. Ele deve apresentar conteúdos, mostrar o que deve e o que não deve ser acessado, afinal, a censura não agrega nada. Ela apenas aguça, atrai a pessoa para o proibido.
A senhora acredita que pode haver um agravamento do desnível entre as Escolas públicas e as particulares, uma vez que essas últimas vêm incorporando primeiro esses aparelhos?
Esse desnível sempre existiu em praticamente tudo. As Escolas privadas acabam sendo mais pioneiras nessa área de tecnologia, principalmente porque têm recursos. Seria incoerente dizer que isso não acontece. Agora, a capacidade de aprender do aluno de uma Escola pública é a mesma da de um de uma Escola particular.
Tudo depende de como você ensina. O governo tem capacidade de fazer algo bem melhor que uma Escola particular, afinal ele é um, digamos, polvo com milhões de tentáculos, enquanto uma Escola particular está sozinha ou pertence a uma rede. É necessário apenas fazer.
E a capacitação dos professores, a senhora acredita que realmente esse é um desafio?
Sim, porque as gerações são diferentes e, por isso, entendem a tecnologia de forma diferente. Existe certa resistência, mas ela passa. A formação do professor começa com uma quebra de paradigma, pois não se trata apenas de mostrar ao profissional como usar o aparelho, mas de fazê-lo reconhecer potenciais pedagógicos naquilo.
Incorporando uma nova tecnologia, você acaba agregando mais trabalho ao educador e ele, normalmente, não está satisfeito com a remuneração que recebe. Então, nesse caso, você deveria incluir uma bonificação, um estímulo a esses professores.
Vem se falando também da insegurança que andar com um aparelho de alto custo pode trazer ao aluno. O que a senhora pensa sobre isso?
Acho que pode ser um risco sim, mas não tenho uma opinião sólida sobre o assunto. Acredito que, quando a tecnologia se popularizar, os preços irão cair e talvez não fique tão perigoso andar com o tablet. Pensar nisso no âmbito das Escolas públicas depende da aplicabilidade, afinal, ainda não sei se o aparelho vai sair da Escola ou não vai. De toda forma, não acredito que os assaltantes vão se apoderar dos entornos das Escolas como um alvo primário. Afinal, hoje vejo muitos alunos de Escolas particulares carregando notebooks, smartphones.
Quais são as maiores vantagens em usar esses aparelhos nas Escolas?
Atratividade. Esse é o grande diferencial. Uma questão muito complexa é que as pessoas não aprendem da mesma forma. Por isso, quando você tem um conteúdo multimídia, você tem possibilidades maiores e melhores de transmitir um conteúdo de várias formas.
E qual a grande preocupação na introdução desses aparelhos no ambiente Escolar?
Adequar a linguagem e formar o professor. O que você não pode fazer é simplesmente transformar um livro impresso para digital. O conteúdo deve ser repensado, você tem que aproveitar o potencial daquela plataforma. No caso de livros, você tem praticamente que os recriar. Sabemos, por experiência, que não adianta apenas trocar a mídia para que o aluno assimile o conteúdo.
Fonte: Correio Braziliense (DF)
A integração das tecnologias na educação
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
As tecnologias evoluem em quatro direções fundamentais:Do analógico para o digital (digitalização)Do físico para o virtual (virtualização)Do fixo para o móvel (mobilidade)Do massivo para o individual (personalização)Carly Fiorina, ex-presidente da HPackard
A digitalização permite registrar, editar, combinar, manipular toda e qualquer informação, por qualquer meio, em qualquer lugar, a qualquer tempo. A digitalização traz a multiplicação de possibilidades de escolha, de interação. A mobilidade e a virtualização nos libertam dos espaços e tempos rígidos, previsíveis, determinados.
Estas tecnologias começam a afetar profundamente a educação. Esta sempre esteve e continua presa a lugares e tempos determinados: escola, salas de aula, calendário escolar, grade curricular.
Há vinte anos, para aprender oficialmente, tínhamos que ir a uma escola. E hoje? Continuamos, na maioria das situações, indo ao mesmo lugar, obrigatoriamente, para aprender. Há mudanças, mas são pequenas, ínfimas, diante do peso da organização escolar como local e tempo fixos, programados, oficiais de aprendizagem.
As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o controle a modernização da infra-estrutura e a gestão do que a mudança. Os programas de gestão administrativa estão mais desenvolvidos do que os voltados à aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, mas só conseguem arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários níveis de ensino.
Apesar da resistência institucional, as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação on-line e buscam nas universidades mais agilidade, flexibilização e rapidez na oferta de educação continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a Internet estão sendo notáveis. A LDB legalizou a educação a distância e a Internet lhe tirou o ar de isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a Internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a revolucionar a forma de ensinar e aprender.
As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na educação a distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e exigia muito auto-disciplina. Agora com as redes a EAD continua como uma atividade individual, combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.
A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação a distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.
Alguns problemas na integração das tecnologias na educação
A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do foco do ensino para o de aprendizagem. Tudo isto nos mostra que não será fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial.
Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção da vida urbana, fica muito difícil a autonomia, a organização pessoal, indispensáveis para os processos de aprendizagem à distância. O aluno desorganizado poderá deixar passar o tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e poderá sentir dificuldade em acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalhará sua motivação, sua própria aprendizagem e a do grupo, o que criará tensão ou indiferença. Alunos assim, aos poucos, poderão deixar de participar, de produzir e muitos terão dificuldade, à distância, de retomar a motivação, o entusiasmo pelo curso. No presencial, uma conversa dos colegas mais próximos ou do professor poderá ajudar a que queiram voltar a participar do curso. À distância será possível, mas não fácil.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-lhes condições para que eles as efetuem. Freqüentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a Internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e dinheiro empatados não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo, focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o professor/tutor. Convém que os cursos hoje – principalmente os de formação – sejam focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o individual e o grupal, entre conteúdo e interação (aprendizagem cooperativa), um conteúdo em parte preparado e em parte construído ao longo do curso.
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. Os cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que estejam brilhantemente produzidos, correm o risco da desmotivação a longo prazo e, principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais facilmente obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou encontrar novas estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, normalmente só acessível por e-mail, que é frio, não imediato, ou por um telefonema eventual, que embora seja mais direto, num curso à distância encarece o custo final.
Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, o que dificulta o aprendizado rápido. As mudanças na educação dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos. São poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver.
Os educadores marcantes atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Transmitem bondade e competência, tanto no plano pessoal, familiar como no social, dentro e fora da aula, no presencial ou no virtual. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. E eles, numa sociedade cada vez mais complexa e virtual, se tornarão referências necessárias.
A
Internet na Educação
Entrevista
para o portal Educacional
José Manuel Moran
Doutor em Comunicação pela USP
Professor da
Universidade Bandeirante e das Faculdades Sumaré-SP
"A Internet nos ajuda, mas ela
sozinha não dá conta da complexidade do aprender"
A afirmação é do professor José Manuel
Moran. Ele fala sobre o uso da Internet na educação, fundamentado seu
pensamento na "interação humana", de forma colaborativa, entre alunos
e professores.
José Manuel Moran é um dos maiores
especialistas brasileiros no uso da Internet em sala de aula. Por isso, não se
espere dele o deslumbramento do marinheiro de primeira viagem. Timoneiro
experiente, ele conduz o barco devagar. Para o educador que acessa a rede pela
primeira vez, ele adverte que nem sempre a maré está para peixe. "A
Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender
hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com
experiências reais". A tecnologia é tão-somente um "grande
apoio", uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz
flutuar ou evita o naufrágio. "A Internet traz saídas e levanta problemas,
como por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de
informação com qualidade", insiste.
A questão fundamental prevalece sendo
"interação humana", de forma colaborativa, entre alunos e
professores. Continua a caber ao professor dois papéis: "ajudar na
aprendizagem de conteúdos e ser um elo para uma compreensão maior da
vida". Se o horizonte é o mesmo, os ventos mudaram de direção. É preciso
ajustar as velas e olhar mais uma vez a bússola. E José Manuel Moran foi traçar
rotas em mares nunca dantes navegados. A novidade é que "hoje temos a
possibilidade de os alunos participarem de ambientes virtuais de
aprendizagem". O grande desafio é "motivá-los a continuar aprendendo
quando não estão em sala de aula".
Os educadores que não quiserem se
lançar ao mar, muito apegados à terra firme, poderão ficar a ver navios. Mas
não há mais porto seguro: o oceano de informações que a Internet disponibiliza
aos alunos obrigará os professores a se atualizar constantemente e a se
preparar para lidar com as múltiplas interpretações da realidade. Espanhol que
atracou no Brasil, Moran abandonou por alguns momentos sua tripulação do curso
de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP e nos concedeu
esta entrevista.
O
senhor diz que não se deve esperar soluções mágicas da Internet. Que
expectativas devemos ter das novas tecnologias na educação?
Prof.
José Manuel Moran - Nós esperamos que a tecnologia —
teoricamente mais participativa, por permitir a interação — faça as mudanças
acontecerem automaticamente. Esse é um equívoco: ela pode ser apenas a extensão
de um modelo tradicional. A tecnologia sozinha não garante a comunicação de
duas vias, a participação real. O importante é mudar o modelo de educação
porque aí, sim, as tecnologias podem servir-nos como apoio para um maior
intercâmbio, trocas pessoais, em situações presenciais ou virtuais. Para mim, a
tecnologia é um grande apoio de um projeto pedagógico que foca a aprendizagem
ligada à vida.
Apesar
de ser professor de novas tecnologias, o senhor acredita que, antes disso, há
uma mudança mais urgente a ser feita no modelo de educação. Qual seria essa
mudança?
Prof.
José Manuel Moran - O que estamos vendo é que formas de
educar com estrutura autoritária não resolvem as questões fundamentais. A
questão não é tecnológica, mas comunicacional. A tecnologia entra como um
apoio, mas o essencial é estabelecer relações de parceria na aprendizagem.
Aprende-se muito mais em uma relação baseada na confiança, em que alunos e
professores possam se expressar. Criar e gerenciar esse ambiente é muito mais
importante que definir tecnologias. Embora eu trabalhe com elas, noto que o
foco está na interação humana, presencial ou virtual. Preocupa-me muito a
dificuldade que temos em estabelecer relações participativas, porque todos nós
carregamos estruturas tremendamente autoritárias, sendo submissos ou
dominadores, e reproduzimos isso na escola. A cultura da imposição, do
controle, é talvez a barreira mais difícil de derrubar no processo pedagógico.
O
senhor faz uma distinção entre ensino e educação, esta última sendo a
integração do ensino com a vida. É evidente a maneira como as novas tecnologias
podem contribuir para o ensino. Mas como elas podem contribuir para a educação?
Prof.
José Manuel Moran - Quando falamos de ensino, focamos a
aprendizagem de alguns conteúdos. A educação é um processo muito mais integral,
que nos ocupa a vida toda, e não somente quando estamos na escola. E o
professor tem esses dois papéis: ajudar na aprendizagem de conteúdos e ser um
elo para uma compreensão maior da vida, de modo que encontremos formas de viver
que nos realizem e desenvolvam nossas capacidades. Isso não depende da
tecnologia, mas da atitude profunda do educador e do educando, de ambos
quererem aprender. A tecnologia pode ser útil para integrar tudo que eu observo
no mundo no dia-a-dia e para fazer disso objeto de reflexão. Ela me permite
fazer essa ponte, trazer os conteúdos de forma mais ágil e devolvê-los de novo
ao cotidiano, possibilitando a interação entre alunos, colegas e professores.
Uma
de suas experiências mais bem-sucedidas consiste em partilhar os resultados das
pesquisas escolares pela Internet. Que mudança isso provoca no rendimento dos
alunos?
Prof.
José Manuel Moran - É uma concepção do aprender de forma
cooperativa e não competitiva. A aprendizagem estava muito voltada só para
conseguir notas, ver quem chegava primeiro. Dentro dessa visão — que não se dá
apenas com a tecnologia, mas também na sala de aula comum —, a proposta é
colocar a interação na prática. Hoje temos a possibilidade de os alunos
participarem de ambientes virtuais de aprendizagem, tanto de uma forma simples,
publicando um trabalho em uma página, quanto criando debates, fóruns ou listas
de discussão por e-mail. Cada escola e cada professor, dependendo do número de
alunos que ele tenha ou da situação tecnológica em que se encontra, pode buscar
soluções mais adequadas. O importante é o foco, que o aluno e o professor sejam
estimulados a fazer parte de um espaço virtual de referência que disponibilize
o que é feito em sala de aula. Eu creio que essa área de visibilidade liberta a
sala de aula do espaço e do tempo físico. Porque depois, fora da aula, pode-se
encontrar um pouco do que foi dito pelo professor, o que foi feito pelos
alunos.
O
senhor afirma que as novas tecnologias exigem muito esforço dos professores e,
por outro lado, defende que "o aluno já está pronto para a Internet".
Em que aspectos o aluno estaria em vantagem em relação ao professor?
Prof.
José Manuel Moran - Ele é privilegiado na relação que
tem com a tecnologia. Ele aprende rapidamente a navegar, sabe trabalhar em
grupo e tem certa facilidade de produzir materiais audiovisuais. Por outro
lado, o aluno tem dificuldade de mudar aquele papel passivo, de executor de
tarefas, de devolvedor de informações. Na prática, acaba assumindo um papel
bastante passivo em relação às suas reais potencialidades. O aluno tem
capacidade de ir muito além, ele está pronto. Porém, a escola impõe modelos
autoritários, voltando ao começo, quando o professor controlava e o aluno
executava. E isso não o motiva. Por isso, a mudança mais séria deve vir mesmo
dos professores. O novo professor dialoga e aprende com o aluno. Isso pressupõe
uma certa humildade que nos custa como adultos a ter. Nós queremos ter a última
palavra.
Novamente
baseado em suas experiências em sala de aula, o senhor observa que muitas vezes
a navegação é mais sedutora que o trabalho de interpretação e concentração que
a pesquisa exige e o professor deve estar atento para evitar que os alunos
sejam muito dispersos em suas pesquisas. Isso significa que o professor terá,
diante da tecnologia, de reproduzir o modelo de controle a que o senhor se
opõe?
Prof.
José Manuel Moran - Essa é uma questão difícil de
resolver na prática. Muitos alunos estão numa fase da vida ainda de
deslumbramento, estão curiosos. Eles não têm organização e maturidade para se
concentrar em um só tema durante uma hora. Então eles abrem mil páginas ao
mesmo tempo, se deixam naturalmente seduzir por certos temas musicais ou
eróticos, conforme a sua idade. Esse conjunto de questões dificulta o trabalho
com um tema específico. Essa também não é uma questão meramente da tecnologia
ou do professor, mas da dificuldade de concentração diante de tantos estímulos.
Há
um paradoxo nessa questão. Há uma quantidade de informação quase inesgotável
acessível pela Internet. Por outro lado, quando se é confrontado com esse
volume de informação, há a tendência de dedicar menos tempo à análise pela
compulsão de navegar e descobrir novas páginas. Como se pode contornar isso?
Prof.
José Manuel Moran - Em primeiro lugar, reconhecendo que
há uma grande dificuldade. A Internet traz saídas e levanta problemas, como,
por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de
informação com qualidade e como encontrar no pouco tempo que temos em sala de
aula, ou na interação via Internet, algo que seja significativo, que não seja
somente lúdico. Porque o que interessa é se essa navegação me leva a uma
compreensão maior da realidade. Do ponto de vista metodológico, procuro um
equilíbrio: nem impor demais o processo, que amarra o aluno, nem deixar que as
coisas aconteçam a seu bel-prazer. Eu trabalho com dois momentos. No primeiro,
mais aberto, eu coloco um tema em discussão e o aluno procura a informação por si.
Depois de um certo tempo, passamos a partilhar o resultado das pesquisas,
focamos um determinado artigo ou outro material, para que não fique muito
disperso. Mas é importante que os alunos não atendam somente a uma determinação
prévia do professor. Creio que esse pode ser um caminho para minimizar a clara
tentação de dispersão na pesquisa via Internet. A Internet reforça a tendência
dispersiva que os alunos têm no cotidiano, quando eles ficam estudando e
ouvindo música, tudo ao mesmo tempo.
Outro
equilíbrio que o senhor considera difícil de alcançar é entre o deslumbramento
dos alunos pelas novas tecnologias e a resistência de alguns dos professores a
esses novos métodos de acesso à informação.
Prof.
José Manuel Moran - Eu percebo que as atitudes vão
mudando aos poucos, que já houve resistência maior. Mas há professores que
inconscientemente fazem o mínimo possível para utilizar a tecnologia, no máximo
usam o Word. Eles não usam técnicas de pesquisa ou de apresentação mais
avançadas em sala de aula, nem trabalham com criação de páginas. Então há uma
parte dos professores de escolas particulares que, mesmo tendo laboratórios e
acesso à Internet, resistem a métodos que não sejam tradicionais. Por outro
lado, há os que descobrem as novas mídias e esquecem uma série de formas que
podem ser interessantes em sala de aula, preferindo sempre jogar os alunos no
laboratório, como se fosse uma grande solução. A Internet nos ajuda, mas ela
sozinha não dá conta da complexidade do aprender hoje, da troca, do estudo em
grupo, da leitura, do estudo em campo com experiências reais. Equilibrar o
melhor do ensino presencial, o estarmos juntos, e o melhor do espaço virtual é
básico. Mas ninguém teve experiência até agora com o equilíbrio desses
ambientes. Antes aprendíamos juntos apenas em sala de aula, e o aluno tinha de
se virar para fazer suas atividades quando não estava na escola. Hoje podemos
aprender quando não estamos fisicamente juntos.
O
senhor atribui essa resistência ao fato de as novas tecnologias colocarem em
xeque a posição do professor como detentor do saber. O aluno pode facilmente
pesquisar algum tema e ver que há interpretações divergentes e que aquilo que o
professor fala pode não ser bem assim. O senhor sente esse receio nos professores
com os quais convive?
Prof.
José Manuel Moran - O professor, desde que surgiu o
livro, sempre teve um pouco de receio de que o aluno aprendesse outras versões
além da dele. Só que hoje você tem muitas outras formas de informações em
qualquer mídia, e a Internet agrava ainda mais a sensação de que o aluno pode
encontrar informações que o professor não tem. Para o professor inseguro, é uma
espécie de desafio encontrar uma prática que não seja a do controle. A tentação
desse tipo de professor é fechar em cima de uma única versão. O professor mais
maduro trabalha com múltiplas visões, tentando relativizar nosso conhecimento,
mostrando que estamos construindo algo que é provisório. A nossa visão agora é
esta: eu aprendo com o que o outro me traz. Essa visão é muito mais tranqüila.
É a aceitação de que eu não sou onipotente, que não tenho respostas para tudo,
não sou enciclopédia. Eu aprendo melhor reconhecendo a minha ignorância.
O
senhor insiste em seus textos na importância da maturidade do professor ao
lidar com a tecnologia. Quais são as experiências mais maduras que conhece de
uso da Internet em sala de aula?
Prof.
José Manuel Moran - Hoje há muitas escolas que estão
tentando encontrar saídas. O que a maior parte delas faz é colocar os alunos em
contato com a Internet em laboratórios e depois buscar atividades
principalmente entre grupos que não estão fisicamente juntos. No mundo inteiro
se trabalha com esse tipo de projeto. A etapa mais avançada, que começa agora
na minha opinião, é desenvolver o conceito de gerenciamento de aula, integrando
o que é feito pelos alunos quando estão juntos e fazendo com que o processo de
aprendizagem continue quando eles não estão mais juntos. Hoje há uma série de
programas de gerenciamento de ambientes virtuais que ajudam a trazer temas para
a sala de aula. No fundo, é uma página incrementada com ferramentas de chat e
de fórum em que os alunos vão colocar seus textos. Há uma série de softwares
como o Eureka, o First Class, o Web Ct e o Blackboard.
De
que forma o senhor utiliza esses ambientes virtuais mais integrados em seu
processo pedagógico?
Prof.
José Manuel Moran - Coordeno um curso de pós-graduação
semipresencial em que, em alguns momentos, nós nos encontramos e, em outros,
interagimos somente através da rede: apresentamos textos, discutimos questões.
Temos a relação de uma aula presencial para duas virtuais. É o desafio que
vamos enfrentar pelo menos no nível superior, fase em que os alunos não
precisam ir todos os dias à aula. O desafio é motivá-los a continuar aprendendo
quando não estão em sala de aula. Também estou coordenando programas de
educação a distância em São Paulo. Educar a distância, mas de uma forma em que
haja troca e não somente repasse de informação, que não seja somente colocar
conteúdo em uma página e depois cobrar uma atividade. Estimular o aluno a
aprender em ambientes virtuais é outro grande desafio pedagógico que temos
hoje. Haverá muita "picaretagem" de instituições que pensam que
educação a distância é uma forma de ganhar dinheiro.
O
que o senhor teria a dizer a um diretor de escola pública, carente de recursos
e com professores que nem sempre são os mais bem qualificados? Nessas
circunstâncias é mais indicado investir em tecnologia ou centrar-se na
capacitação de professores?
Prof.
José Manuel Moran - Eu acho que não podemos mais ficar
apenas nos lamuriando da falta de condições. É verdade que um diretor de escola
não pode fazer nada sozinho. Isso exige vontade e investimentos públicos nos três
níveis. Estou coordenando uma equipe que desenvolve um programa de educação a
distância na rede pública estadual de São Paulo para capacitar professores,
supervisores de ensino e pessoas que trabalham em Oficinas Pedagógicas (OTP).
São profissionais que estão mais em contato com novas tecnologias. Na verdade
estamos fazendo a capacitação em serviços a distância, juntando a Secretaria de
Educação e a Universidade de São Paulo, através de uma fundação chamada
Vanzolini, com o apoio do governo federal, do ProInfo.
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Vitor
Casimiro
Exclusivo para o Educacional
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